segunda-feira, 31 de agosto de 2015

LABIRINTO

Juntando palavras
Derramadas
Sentimentos escondidos
Virar páginas.

Abandonar convenções
Juntar cacos
Tirar o pó da vida
Hoje eu quero pensar.

Descansar dentro de mim
Sair do labirinto
Romper teias de aranha
Preciso voltar para mim.

OLHAR DE SERPENTE

Acostumado a seduzir e dominar
Quis dominar a mim também
Mas nunca a ti vou me curvar
Tiveste um dia a ideia de me olhar
Com a força dos teus olhos de serpente
Eu não me deixo fascinar
Mesmo que teu amor seja sincero
Quero a dor, mas teu amor não quero
Meu penar é profundo
Mas não vou te amar
Nem um segundo.

O VELHO COQUEIRO

Você coqueiro
Já sem frutos
Sem flores
Uma dia já foi
Cheio de vida
Ao ver, coqueiro
O que o tempo te fez
Tenho certeza
Comigo fará também
Seguimos andando
No mesmo caminho
Apenas nos resta
Da vida ver o fim.

O BARCO DO AMOR

Teus olhos são serenos
Como as noites sem luar
São ardentes, são profundos
Como as ondas do mar.
No barco do amor
Como a flor boiando vai
Douram teus olhos a fronte
No barco indo para o mar.
Tua voz é tão doce
Quando cantando estás
Teu sorriso é como a brisa
Na calmaria do mar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

OS ANJOS

Pintor que pinta telas

Que na igreja

Pinta os anjos

Com o azul pinta o céu

Onde moram esses anjos

Com o branco faz as nuvens

Parecendo algodão

As estrelas bem brilhantes

Para enfeitar esse céu

E a lua bem colorida

Para essa tela ter vida.

RUA TRISTE

Existe uma rua

Onde o sol já não brilha

Ela é triste e escura

De gente mais triste

Na rua sem sol

Ninguém ri

Não tem batucada

As crianças não brincam

Nessa rua sem sol

Quem por ela passar

Vai pensar

Que a vida acabou

Mas no alto da rua

Há uma luz acesa

Luz que é natureza

Dessa vida sem sol

É esperança no sol

Que amanhã há de vir

E essa rua sem sol

Vai cantar, vai sorrir.

AS PÉTALAS

Lembro agora 

Sua partida

Minhas lágrimas caiam

Voltar não é possível

Um ano que você se foi

Como é difícil

Viver sem você

Volte e esqueça

Vamos viver o presente

Desse nosso amor

A rosa que me deu

Triste já secou

Guardo as pétalas

Em um livro

Que abro pensando em você

E não consigo ler.